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Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

A telemonitorização de Doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) visa promover um acompanhamento contínuo dos doentes através da telemonitorização por forma a melhorar a sua qualidade de vida e observar ganhos em saúde, com recurso a uma abordagem centrada no doente e ao estabelecimento de parcerias comunitárias.

 

Doença pulmonar obstrutiva crónica é uma doença pulmonar obstrutiva caracterizada por uma limitação crónica e apenas parcialmente reversível das vias respiratórias e destruição do tecido pulmonar. Tem origem numa resposta inflamatória significativa à inalação de irritantes, nomeadamente o tabaco. Trata-se de uma doença progressiva que não tem cura, uma vez que as lesões nos pulmões não regridem e os tratamentos têm mostrado um retardamento em termos funcionais. Esta progressão contribui também para uma menor tolerância ao esforço do doente o que leva a um afastamento progressivo da sua atividade normal.

A DPOC assume-se como uma doença multisistémica, em que as comorbilidades apresentam um papel de relevo.

A principal causa da DPOC é o tabagismo.

Para além disso a inalação frequente de alguns tipos de poluição ambiental ou profissional também podem provocar inflamação no aparelho respiratório, fragilizando a mucosa e contribuindo para a efetivação da doença.

Por outro lado, a deficiência hereditária de uma proteína denominada alfa1-antitripsina pode igualmente estar associada ao aparecimento da DPOC.

 

No caso da DPOC os parâmetros monitorizados, embora possam variar de acordo com o doente, incluem normalmente

Segundo a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), estima-se que em Portugal:

Cerca de

30%

da população nacional
sofre de doenças respiratórias crónicas, como a DPOC
as quais são responsáveis por

20%

dos internamentos hospitalares
e são causa de incapacidade, que se reflete em

4 milhões de dias

de atividades laborais/ escolares
Esta patologia representa a

5ª causa morte

em Portugal (2,4%)
e os seus custos diretos anuais rondam os

240 M€

Objectivos

Resultados

Económicos

Sociais

Clínicos

Metodologia

1. Sinalização do doente

No Hospital ou CSP e avaliação clínica e social por parte da equipa multidisciplinar (equipa médica e equipa de enfermagem) confirmação de cumprimento dos critérios de inclusão

2. Integração do doente

No programa de TeleMonitorização dando o seu consentimento informado

3. Formação/capacitação do doente e cuidador para os procedimentos necessários

À telemonitorização e configuração dos equipamentos para monitorização remota, isto é, para medição dos parâmetros vitais e comunicação dos mesmos às equipas clínicas

4. Parametrização dos valores limite com base no perfil de cada doente

Algoritmos de intervenção individual, exemplo de alertas a considerar oximetria, temperatura axilar, tensão arterial (esta definição ficará ao critério da equipa médica)

5. Iniciação do procedimento de monitorização remota do doente

A partir de casa (por norma, operacionalizado pelo cuidador) regra geral, ocorrem medições diárias dos sinais biométricos, sendo os dados registados eletronicamente (ex telemóvel via Bitalino)

6. Sinais de alerta, por via da aplicação Desktop

Por via da aplicação desktop, existente no Hospital, com base nos dados registados pelo doente/cuidador a partir do domicílio, são identificados, pela central de monitorização da plataforma instalada, sinais de alerta que permitem uma atuação imediata por parte da equipa dedicada (equipa de enfermagem de primeira linha, com apoio médico se necessário).

a. Contacto telefónico com o doente/cuidador para eventuais correções de tratamento do doente ou de falhas na monitorização
b. Encaminhamento prioritário do doente, via notificação, para consulta externa ou de urgência, nos casos em que se revele necessário
c. A ocorrer, a prescrição eletrónica evita que o doente tenha necessidade de se deslocar ao hospital, em casos de revisão de medicação