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Insuficiência Cardíaca

A telemonitorização de Insuficiência Cardíaca (IC) visa promover um acompanhamento contínuo dos doentes através de uma monitorização feita à distância, por forma a melhorar a sua qualidade de vida e observar ganhos em saúde, com recurso a uma abordagem centrada no doente e ao estabelecimento de parcerias comunitárias.

Insuficiência cardíaca é uma doença caracterizada por uma incapacidade do coração cumprir a sua função de forma eficaz, i.e., fornecer ao organismo a quantidade de sangue necessária.

 

A IC pode ocorrer por várias razões, as mais comuns são:

No caso da IC os parâmetros monitorizados, embora possam variar de acordo com o doente, incluem normalmente

Segundo a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, estima-se que em Portugal:

a prevalência é de

5,2%

correspondendo acerca de

400.000

indivíduos adultos
e prevê-se um aumento do número de doentes com Insuficiência Cardiaca em

30%

até 2034 devido ao envelhecimento da população, bem como do tratamento adequado de doenças cardíacas que terminam em IC.
Os custos diretos anuais em

2014

totalizaram

299 M€

e até 2034 é previsto um aumento
de cerca de

24%

Objectivos

Resultados

Económicos

Sociais

Clínicos

Metodologia

1. Sinalização do doente

No Hospital ou CSP e avaliação clínica e social por parte da equipa multidisciplinar (equipa médica e equipa de enfermagem) confirmação de cumprimento dos critérios de inclusão

2. Integração do doente

No programa de telemonitorização dando o seu consentimento informado

3. Formação/capacitação do doente e cuidador para os procedimentos necessários

À telemonitorização e configuração dos equipamentos para monitorização remota, isto é, para medição dos parâmetros vitais e comunicação dos mesmos às equipas clínicas

4. Parametrização dos valores limite com base no perfil de cada doente

Algoritmos de intervenção individual, exemplo de alertas a considerar oximetria, temperatura axilar, tensão arterial (esta definição ficará ao critério da equipa médica)

5. Iniciação do procedimento de monitorização remota do doente

A partir de casa (por norma, operacionalizado pelo cuidador) regra geral, ocorrem medições diárias dos sinais biométricos, sendo os dados registados eletronicamente (ex telemóvel via Bitalino)

6. Sinais de alerta, por via da aplicação Desktop

Por via da aplicação desktop, existente no Hospital, com base nos dados registados pelo doente/cuidador a partir do domicílio, são identificados, pela central de monitorização da plataforma instalada, sinais de alerta que permitem uma atuação imediata por parte da equipa dedicada (equipa de enfermagem de primeira linha, com apoio médico se necessário).

a. Contacto telefónico com o doente/cuidador para eventuais correções de tratamento do doente ou de falhas na monitorização
b. Encaminhamento prioritário do doente, via notificação, para consulta externa ou de urgência, nos casos em que se revele necessário
c. A ocorrer, a prescrição eletrónica evita que o doente tenha necessidade de se deslocar ao hospital, em casos de revisão de medicação